MAIS SOBRE O BLOG ...

O Cordada Infinita é um blog com artigos sobre Escalada, Equipamentos e Notícias relacionadas ao Montanhismo. Nasceu de uma idéia simples: Escrever, Comunicar e Divulgar fatos e opiniões sobre o mundo da montanha. É mantido por Levi Rodrigues desde maio de 2007. Se você tem alguma sugestão sobre um artigo, participe enviando sua pergunta ou opinião sobre os assuntos postados.

Alerta!...

O montanhismo é uma atividade de risco moderado quando praticada de acordo com as normas de segurança. Ao utilizar as informações contidas nesse blog, é necessário experiência e cautela na utilização de equipamentos, técnicas, conceitos e informações sobre as atividades. Lembre se: Acidentes não acontecem. São causados aos poucos

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10 Principais Motivos para se Escalar com Meninas

Sara Lingafelter , do blog blog RockClimberGirl disse em uma entrevista ao blog All Climbing ,os 10 Principais Motivos para se escalar com Meninas.

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Essas são algumas dicas da Sara:

  • Algumas de nós possuímos dedos finos (mas fortes!), antebraços, punhos e dedos longos, perfeitos para a limpeza de agarras e para resgates “moveis” em locais mais difíceis. Eu mesmo salvei uma vez Camalot azul, em uma via em Tuolumne, fato que não seria possível a nenhum dos meus parceiros, sem idéia extremamente criativa.
  • Você vai ser invejada por outros caras no local de escalada. Todo mundo vai quere escalar com você e será o motivo super-extra-master, pluzz, top, de inveja das namoradas de seus amigos.
  • Comida e bebida nunca ira faltar e você será o centro das atenções
  • Quando conhecer um novo parceiro, ele geralmente tende subestimar suas habilidades, mas nada melhor do que ver a surpresa dele, ao descobrir que você escalda melhor do ele.
  • Não importa quanto tempo ficamos longe do chuveiro, sempre estaremos em melhores condições do que os rapazes.

Essas foram apenas uma das dicas da menina, se quiser ler o artigo completo, pode ler aqui (em inglês).

Mas gostaria de saber das LEITORAS do Cordada Infinita: Para vocês, quais as vantagens de serem mulheres no meio da escalada?

35 Coisas que todo Montanhista Deveria Saber - Parte 2

Essa é a continuação do post 35 Coisas que todo Montanhista Deveria Saber - Parte 1. A parte 2 é mais concreta e direta, voltada para assuntos técnicos, mas sem deixar de lado outros pormenores do montanhismo.

Sei que quando o assunto é Montanhismo, muitas opiniões divergentes sobre vários assuntos são expostas e podem oferecer pontos de vista e informações diferentes, podemos dizer que seria muito bom se existisse uma “Verdade Única”, mas como não há é recomendável conhecer um pouco de todos eles, até mesmo quando for para discordar.

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   16. Escalador vive falando em um dialeto meio estranho. 7c prá cá, artificial prá lá. Entenda um pouco mais dessa língua com o Sistema de Graduação de Vias de Escalada.

   17. Estar informado sobre Tempestades na montanha na montanha, também é fundamental na hpra de planejar sua caminhada.

   18. Uma boa maneira de “se encontrar” é fazer uma caminhada sozinho. O artigo 8 dicas para uma fazer uma boa caminhada "em solitário", auxiliara nessa aventura.

   19. O mercado aventura é engraçado, tem algumas peculiaridades. Se você ainda não conhece os bastidores do segmento, não deixe de ler: O que você precisa saber sobre o Mercado de Aventura.

   20. Comprar equipamentos é aventura pode se tornar outra “aventura de você não seguir as 10 Dicas para comprar seu Equipamento de Aventura.

   21. Para quem gosta de bike, uma dica é o Guia Prático para montar sua Bike.

   22. Está em dúvida quanto à Marcar ou não marcar o meio da sua corda?

   23. Seus pés são fundamentais para sua caminhada, faça deles um Happy Feet - Mantenha seus pés felizes.

   24. Segundo a Mens Vogue, essas são AS 10 montanhas mais perigosas do mundo.

   25. Você sabe como amarrar suas botas e sapatilhas? Muitas dicas que como amarrar seus calçados.

   26.  Várias dicas de Como se manter aquecido no Inverno.

  27. Fazer caminhadas em grupo pode ser um problema se não soubermos Como ter um boa Convivência em Trilhas.

  28. Todo montanhista deveria saber quais os nós mais úteis, senão sabe, pode fazer uma revisão com esse artigo do Pedro Hauck.

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    29. A internet está cheia de informação sobre montanhismo, esses Links de Blogs de Montanha + esses dos Blog de Escalada, já são um bom começo para quem quer ficar mais informado.

   30. Vai iniciar a escalar? Não deixe de ler esse artigo do Luciano Fernandes.

   31. Nomes de montanhas são muito interessantes. Uma que descobri recentemente foi Porque Serra dos Orgãos?

   32. Viajando com Crianças pode ser outra aventura assim como iniciar as Crianças em Trilhas: Por onde Começar

   33. Dormir em rede pode ser uma boa idéia, você Já usou uma rede para dormir?

   34. Eu sou um pouco curioso em vários sentidos, nesse artigo do Alta Montanha vemos as principais ancoragens para escalda em gelo e o Davi preparou o artigo Ancoragens e Rapel em Chapeletas - Equalização e coisas que NÃO devem ser FEITAS

   35. Um dos principais problemas da escalada é a imagem de esporte de risco. Eu na verdade nem considero um esporte já que para mim, o montanhismo não é competitivo (apesar de existirem modalidades com esse fim) e sim um modo de viver que influencia atitudes tanto na cidade como em outros lugares.

Mas para evitar ao máximo essa imagem, o post Erros comuns... originário do Guia da Urca e publicado no Blog do Baldin , ajuda a relembrar dicas básicas, que de tão básicas, deixam de ser praticadas, potencializado muito a possibilidade de ocorrer acidentes em montanha.

Esse post foi inspirado no artigo 30 coisas que todo mundo deveria saber fazer, parte 1, do blog Efetividade.net, que possui ótimos artigos sobre produtividade pessoal.

É claro que nessa lista é possível acrescentar muitos outros itens, por isso, não deixe de enviar sua sugestão.

Conheça a Via Ferrata do Half Dome

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A via Ferrata no Half Dome (2.695m, são 11 quilômetros de subida íngreme até a base da montanha, onde começa via) é uma das mais conhecidas no mundo, com 1.444m e foi conquistada em 1875.

O Half Dome é uma montanha única, em granito e com um formato incomum, como se tivesse sido cortada a faca por algum super-herói intergaláctico - na verdade, metade da torre foi arrancada por um movimento de geleiras 250 mil anos atrás. Daí o seu nome, que significa "Meia Cúpula".

Fica dentro do Yosemite National Park, com mais de 3 mil quilômetros quadrados, área duas vezes maior que a do município de São Paulo, Yosemite é uma mistura de florestas, montanhas e cachoeiras, que chega ao esplendor na primavera do Hemisfério Norte, de março a junho.

O parque fica na Califórnia a poucas horas de São Francisco e a foto acima mostra um dia típico de temporada.

Será que a nossa “Via Ferrata” (se que é podemos chamá-la de via Ferrata) no Baú, ficara assim algum dia?

Foto de Greg Foster, via Flickr, fonte: Yosemite Blog.

35 Coisas que todo Montanhista Deveria Saber - Parte 1

Conhecimento é a coisa mais valiosa do mundo, meu pai costuma dizer que: - “Podem nos tirar tudo, menos o que está dentro de nossas cabeças”.

Só que conhecer é uma coisa, saber aplicar é outra bem diferente. Por exemplo: Você sabe quais outras aplicações podemos dar ao cobertor de emergência? Como limpar seu reservatório de água, tipo Camelback? ou como viver na cidade grande de maneira sustentável?

É, não podemos saber de tudo, mas podemos nos esforçar para aprender um pouco mais, afinal de nada adianta possuir tais conhecimentos se não aplicarmos nas situações corretas.

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Esse post visa reunir uma série de dicas e artigos postadas aqui no blog (ou não) e que podem ser úteis nas mais variadas situações, hoje publico as 15 primeiras, posteriormente publicarei as próximas.

  1. Dicas básicas de como se comportar no ambiente da escalada: “Ninguém nasce sabendo”, mas deixar de aprender também é descaso demais.
  2. Todo Montanhista deveria saber as informações Básicas sobre os Saco de dormir: Características, modelos e acessórios e as Barracas.
  3. Muito de fala de viver de maneira sustentável, depois de tentar implantar algumas técnicas em casa, vi Como é difícil viver de maneira sustentável.
  4. Escalar não sé fácil, mas esses Cinco itens que não podem faltar na sua escalada irão facilitar um pouco mais.
  5. Ler é algo fundamental para o crescimento humano, se você gosta de ler, aproveite o artigo: Quer livros de montanhismo, mas não sabe qual? Agora se quiser saber como guardar esses livros como também mapas leia: Como organizar e conservar seus Livros, Guias e Mapas de montanha.
  6. Planejar uma atividade é muito importante para que tudo saia da maneira correta, esses 7 Conceitos importantes na hora de planejar sua caminhada. Irão ajudá-lo a planejar melhor sua caminhada.
  7. Quais os cinco itens essenciais e os não tão essenciais que não podem faltar em sua mochila. 
  8. Quando viajamos percebemos que adquirimos outros valores. Eu até cheguei a pensar se realmente Preciso mesmo de garfo e faca para comer?.
  9. Caminhadas e Travessias podem parecer coisas simples, mas não deixe de seguir As 10 Dicas + Importantes para uma caminhada segura. image
  10. Um dos grandes prazeres de acampar é a hora de cozinhar, por isso Que tal panquecas no café da manhã?
  11.   Já faz algum tempo que uso um sistema de hidratação, mais conhecido como Camelback e todos que usam esse tipo de “saquinho de água“ deveriam saber Como limpar seu "CamelBak" .
  12. Em casa temos um P.S. (Estojo de Primeiros Socorros), mas e na montanha? Là também, mas podemos chamar de Kit Pessoal de emergência, já que ele precisa atender principalmente você.
  13. Eu nunca precisei usar meu Cobertor de Emergência,mas é bom saber que existem 10 outras maneiras de usar seu Cobertor de Emergência.
  14. Você está na caminhada e derrepente! Aquele aperto!! Hora de ir ao banheiro. Então, não se esqueça das 4 dicas para facilitar aquele momento do aperto.
  15. Na hora da Chuva: 10 coisas para se fazer quando cair aquele temporal.

Esse post foi inspirado no artigo 30 coisas que todo mundo deveria saber fazer, parte 1, do blog Efetividade.net, que possui ótimos artigos sobre produtividade pessoal.

É claro que nessa lista é possível acrescentar muitos outros itens, por isso, não deixe de enviar sua sugestão.

A Via em “Artificial” mais longa do Mundo

Essa idéia eu achei muito interessante!

Na usina de Luzzone, na Suíça, há um via em artificial de 1.609 metros por toda a extensão da barragem, sendo a via mais longa do mundo em paredes de concreto.

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O único problema é se a usina, que pode segurar 108 milhões de metros cúbicos de água, resolver soltar a água em uma emergência.

Veja um vídeo com a via, noTicino 360º.

Leia Mais:

Fonte: Get Outdoors

Chuva Raios, Água e Frio. História de uma Roubada nos Marins

Semana passada o Montanhista Alex Hubner, disponibilizou um texto relatando a situação delicada que passou no Pico dos Marins (SP), com a aproximação de uma tempestade, enquanto tentava chegar ao cume para passar a noite.

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Felizmente tudo deu certo. Mas o texto nos leva a uma reflexão sobre os limites da relação Homem x Natureza.

Em certo momento o montanhista relata:

Como que de pura sacanagem, pouquíssimo tempo depois de me acostumar com a nova situação ("ensacado" dentro do que restou da barraca - procurando uma saída de ar para respirar melhor), recebo uma generosa onda de água gelada nas costas,  que me deixa completamente ensopado, além de ensopar as coisas que estavam dentro da barraca, incluindo a mochila. Pronto! Agora o Marins me presenteava com uma de suas cachoeiras temporárias, bem em cima (ou embaixo, não sei ao certo) do meu acampamento. Como um rato molhado, metido no meio de uma tempestade elétrica, tendo a certeza de que iria tomar um raio a qualquer momento, resolvi que morreria lutando!... É óbvio que eu não tive pensamentos tão nobres naquele momento. Eu simplesmente decidi que iria sair dali o mais rápido possível, de qualquer maneira, deixando tudo para trás, levando apenas o básico nos bolsos e na mão (sim, incluindo o c*, que já estava na mão fazia tempo...), num dos maiores apertos - se não o maior - que eu já vivi em um ambiente de montanha

É bem perceptível pelo texto, a gravidade da situação, e como estava o lado emocional e psicológico do montanhista.

Levando-se em conta que o montanhista tinha experiência, conhecimentos aprofundados do local e sua orientação, equipamentos apropriados (tá certo que alguns já estavam meio velhinhos...) e principalmente noção do risco real que corria naquele local, podemos verificar que três decisões foram super importantes para acalmar e ajudar a solucionar a situação e assim sair daquele perrengue.

  1. Analisar e optar por abortar a subida, assim que identificou os primeiros sinais de perigo;
  2. Decidiu retornar a noite, quando percebeu que poderia ser vitimas dos raios que assolavam o local;
  3. Mesmo com risco do uso do celular, contatou a família para informar a gravidade da situação e pedir ajuda;

Vale à pena ler o texto inteiro, pois situações parecidas com essa ocorrem em quase todas as montanhas do Brasil e aproveitem para ler outros artigos publicados aqui no Blog sobre o assunto.

Leia o relato completo de Alex Hubner em:

Leia mais sobre o assunto:

Porque Serra dos Orgãos?

 

A Serra dos Órgãos é um dos meus destinos prediletos aqui na região Sudeste. Não sei bem se é por conta da temperatura, pelo visual ou por ter sido umas das minhas primeiras travessias, na verdade acho que é um pouquinho de cada um desses motivos.image

Quem ouve pela primeira vez o nome “Serra dos Órgãos” e descobre depois que um dos seus principais ícones é uma montanha com o nome de “Dedo de Deus”, imagina que o nome se refere a órgãos do corpo, ainda mais porque depois vai descobrir que existe outra montanha com o nome “Verruga do Frade”.

Eu mesmo muitas vezes me perguntei porque aquele nome tão estranho. Recentemente em uma lista de discussão (FEMERJ) descobri o provável significado do nome.

O nome foi dado pelos navegantes portugueses, que se basearam na variação altimétrica das montanhas associadas aos tubos dos órgãos musicais (de tamanhos diferentes) das igrejas!

Fonte: Lista da FEMERJ

O que você Come na Montanha?

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A pergunta acima foi feita pela Mountain Hard Wear a vários montanhistas como Ed Viestur e Ueli Steck, que resultou num bem humorado guia de receitas.

O  "We're Cooking Now” ( O que Estou Cozinhando), que pode ser baixado gratuitamente no site da marca.                          

 Leia Mais:

El Camino del Rey, em El Chorro na Espanha

Eu já tinha ouvido fala no “El Camino Del Ray”, o acesso as principais vias em El Chorro (Espanha) que para muita gente, já é o Crux das escaladas em El Choro.

Mas foi somente vendo o vídeo do acesso, no blog The Mountain Culture, que tive a real imagem de como é o caminho.

 

É um tipo de uma via ferrata, porém horizontal e segundo o Climb Spain, está passagem segue por todo o comprimento da garganta da montanha, a 100m do vale.

Pelo visto a sensação de aventura já começa logo no acesso as vias.

Leitor!  Se você já esteve lá ou possui outras informações sobre o El Camino Del Ray, não deixe de compartilhar conosco.

Fonte: The Mountain Culture

AS 10 montanhas mais perigosas do mundo

Matterhorn

A MensVogue (revista americana de moda) publicou uma matéria interessante sobre as "10 Montanhas mais Perigosas do Mundo".

São elas:

  1. ANNAPURNA, Centro Nepal.
  2. NANGA PARBAT, Caxemira.
  3. SIULA GRANDE, Andes Peruanos (do filme Tocando o Vazio).
  4. K2, fronteira do Paquistão com a China
  5. KANGCHENJUNGA, fronteira entre a Índia e o Nepal.
  6. MATTERHORN, fronteira entre a Suíça e a Itália. (minha montanha predileta).
  7. EVEREST, fronteira entre o Nepal e a China.
  8. MONTE WASHINGTON, New Hampshire, EUA.
  9. DENALI, Alaska
  10. MONTE Fuji, Japão

O Everest já sabíamos que de longe não era a mais perigosa, mas é interessante ver o Monte Fuji em 10º e não ver o Mont Blanc.

Enfim, essas são as montanhas!!!

Leia matéria completa cedida ao The Gear Junkie.

Fonte: The Gear Junkie

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Porque desafiar a vida?

Em uma ponte de 30m, com uma queda livre de 12m e um peso de aproximadamente 110 Kg, com duas cordas, sendo uma Beal e outra Edelweiss de 10,5 mm. Quantas quedas aguentariam essas cordas?

Essa pergunta foi enviada por um leitor, ao técnico da Desnível, Kike Fernandez e retrata uma prática conhecida no Brasil como “Hope Jump”, prática que era comum no viaduto da Av. Dr. Arnaldo até meados de 2005, quando foi proibida toda e qualquer atividade com cordas no viaduto.

Fernandez, ressalta que uma corda dinâmica de escalada é desenvolvida e testada para suportar até 5 quedas em fatores* próximo ao 2 (testado em laboratório com 1,77 e 80kg), durante a queda a massa corporal de uma pessoa varia de 300 a 750 decanewtons (um daN equivale a quase um Kilograma-força) o que se entende ser o máximo que o corpo humano suporta com segurança.

A questão é – Porque desafiar os conceitos de segurança? Porque desafiar a vida? Essas são perguntas que talvez nem tenham uma resposta.

Dan Osman, se confrontado com a realidade de sua vindoura morte, dada as suas praticas de “Hope Jump”, deixaria de praticá-las? Acredito que não.

O que se entende, é que cada um tem suas verdades e seus motivos para estar na montanha e deve saber qual o nível de segurança favorável a si próprio.

A falta desses critérios levam a conclusões e conhecimentos superficiais sobre os princípios básicos de segurança e talvez por esse motivo, pensamentos como “radicais” e “perigosas” são comuns na impressa e no linguajar das pessoas** quando relacionado as atividades de aventura, fato que talvez deva motivar adolescentes/jovens a experimentar e desafiar novos limites sem a devida noção de segurança e de respeito a vida.

Penso que o bom senso já seria um bom mediador em situações como essas, o próprio Fernandez, aconselhou o jovem a evitar esse tipo de atividade, a não ser que possua conhecimentos técnicos mais próprios de um engenheiro do que de um esportista.

Não se basear nos conhecimentos adquiridos pela internet, dado a complexidade envolvida no processo e no potencial risco de morte e não desafiar a vida, já teria sido uma ótima resposta.

* Fator de Queda é um conceito utilizado para definir as consequencias de uma queda em equipamentos ou mesmo a probabilidade de ruptura da corda. O conceito diz: Em uma queda, a quantidade de corda que absorve o impacto deve ser igual ou maior do que a quantidade de corda ativa (corda ligada ao escalador)

** Prefiro pensar que atividades ligadas ao meio ambiente vão muito além da noção de radicalidade, como é exposta, idéia que remete há uma sensação momentânea, adrenalina e superficial e não como um modo viver, uma filosofia de como interagir com outras pessoas e com o meio ambiente.


Cinco itens não tão "Essenciais" para levar na mochila em sua próxima caminhada - Parte 2

Depois dos cinco itens para levar em sua mochila em sua próxima caminhada, vamos tratar de outro tipo de emergência. A das necessidades de entretenimento, quando em montanha.

Quem já pegou um temporal e teve que passar horas a fio preso dentro da barraca, sabe a falta que faz um desses pequenos luxos.

1º - Música – Um tocador de MP3 ou mesmo os antigos tocadores de CD, quase não pesam na mochila e vão te proporcionar bons momentos de distração dentro da barraca ou naquela hora contemplativa do fim do dia.

2º - Cassino – Esses itens podem ser divididos entre os companheiros de “roubada”, um pode levar um baralho, outro papel e caneta para jogos mais "pensativos" ou até mesmo aqueles jogos de damas feitos de tecido. O mais importante é a criatividade para os momentos de diversão.

3º - Fotografia – Nesses tempos modernos não dá para ficar guardando na memória, as paisagens e as coisas que se passaram em sua caminhada, principalmente com o preço tão baixo das máquinas fotográficas digitais. Uma máquina simples dessas encontradas por menos de R$400,00 é leve, compacta, com uma resolução suficiente para se postar fotos em blogs, em álbuns da internet ou para revelar as fotos em papel, para aqueles que não deixam de ter o prazer de ter as fotos em mãos.

4º - GPS – Pode parecer que o GPs serve apenas para orientação, mas desde os modelos mais simples, como o E-trex (que hoje não deve custar mais do que uns R$450,00), possuem varias informações sobre sua altitude atual, pressão barométrica (que te dirá se ainda vai chover muito ou não), temperatura, pontos cardeais, hora do nascer e por do sol, além da rota seguida, isso tudo porque é uns dos mais simples, imaginem os mais modernos!!!!

Quando estou meio entediado, por motivo de chuva ou mesmo pelo prazer do ócio, lá vou eu para o GPS, ver como foi a caminhada do dia, quantos metros subi, quanto ainda falta, que horas devo acordar para ver o nascer do sol e quando percebo, lá se foram várias horas, mas sem se esquecer que ele também serve para orientar.

5º - Leitura – Mais perigoso por conta do peso, mas há aqueles que não abrem mão de um bom livro para distrair e deixar o tempo passar.

Mas o importante mesmo, é usar e abusar da criatividade.

Divirtam-se em sua próxima caminhada!!!

Cinco itens Essenciais para levar na mochila em sua próxima caminhada - Parte 1

Você já deve ter ouvido na lista dos cinco itens mais importantes para se levar na mochila, ou seja, aqueles itens que numa emergência não poderiam faltar na mochila do montanhista experiente.

Mas se você um dia chegar numa situação de emergência a ponto de ter esses cinco itens como fator de vida ou morte, pode ter certeza que você infringiu uma série de regras básicas de planejamento e orientação para chegar nessa situação.

Caso não saiba, são eles:

1º - Saco plástico – Para fazer um abrigo ou capa contra a chuva, captar água, sinalizar ou mesmo para se proteger de insetos e outros pequenos animais.

2º - Isqueiro – Numa emergência o fogo será um item fundamental para se aquecer e cozinhar.

3º - Blusa – Pode ter certeza que se você se meteu em uma “roubada”, vai precisar de uma blusa, de preferência de material sintético e com uma boa espessura.

4º - Canivete – Aqueles com as funções básicas, laminas médias e pequenas, uma pinça, uma tesoura, chave de fenda e abridor de lata já dão pro gasto.

5º - Apito – Sua voz durará muito mais de usar um apito para pedir ajuda em vez de ficar gritando por aí, afinal essa é a primeira reação que temos em caso de emergência.

Apesar de haver uma certa discussão sobre a ordem os itens, no geral eles podem salvar a sua vida e não custa nada mante-los no cantinho da mochila.


Devaneios de uma fria manhã


Essa manhã estava olhando a previsão do tempo para algumas regiões que gosto de ir. Em Monte Verde estava 3,4º às 9:00h da manhã, Itatiaia tinha mínima de 11º e para Teresópolis a máxima era de 25º.

A previsão para SP é de temperatura mínima de 8º, o que torna essa a pior época do ano para se morar aqui. Levanto por volta das 6:15 da manhã e praticamente vejo o nascer do sol todos os dias da minha janela (abençoado, poderiam me dizer), mas na verdade, é uma tortura!

A cada vez que a temperatura passa para abaixo dos 10º, minha mente se foca em apenas uma coisa. Onde poderia estar a essa hora? Se fosse de manhã, me imagino acordando na crista do Sino (PARNASO) e sabendo que a previsão era de 9º mínimos para Teresópolis, já posso imaginar que lá em cima deva estar próximo ao zero e com uma sensação térmica de aproximadamente -15º.

A tarde já me imagino andando pelas encostas do Aparados da Serra (RS), com sua temperatura girando em torno dos -2º e sensação de -20º e a noite bivacando em qualquer uma das montanhas da Serra da Mantiqueira, tomando meu chimarrão bem quente e me preparando para uma noite muito fria.

Chego até imaginar, como seria bom, passar na Anhanguera ou pela bandeirantes , olhar para o Pico do Jaraguá e ver em volta do seu cume uma leve borda branca, de neve, resultante da noite fria que São Paulo poderia ter...


Direita, Esquerda ou Leste, Oeste


Eu confesso! Aprendi a me orientar na marra!!! E ainda morro de inveja quando alguém responde alguma pergunta, com uma resposta do tipo - Ah, já sei. É aquele riacho a (NE) nordeste do acampamento, não é?

Quando ouço uma resposta dessas, tenho que me concentrar para lembrar onde fica o Norte, depois descer um pouquinho até chegar no nordeste e aí assim visualizar o tal ponto mencionado.

Me surpreendo mais ainda, quando vejo um americano informando qualquer direção por pontos geográficos e não por direita, esquerda, frente ou trás.

Imagine a cena, você chega a uma pessoa e pergunta:

– Como faço para chegar na rua tal e ele simplesmente te responde:

– É simples, siga pelo Norte e quando cruzar a terceira rua vire e NW (noroeste) e depois vire a L (leste).

Se fosse comigo teria que anotar num papel, olhar para cima, achar o sol, achar o Norte, virar o papel para o norte e agora sim, me orientar conforme suas descrições.
(Se você leitor, tiver algum exemplo real de situações como essa, não deixe de comentar)

Você pode até dizer, - ahh, mas é muito mais simples se orientar por direita e esquerda. Pode até ser verdade (por uma questão cultural), porém é muito menos preciso, isso é fato.

Depois que comecei a usar orientações em montanha, passei a ficar muito curioso sobre o assunto e apesar de não dominá-lo completamente, tento usar sempre que possível as devidas orientações geográficas e acabei descobrindo algumas coisas interessantes. Por exemplo:

Você sabia que as estradas possuem aquelas nomenclaturas como BR116 ou SP310, porque estão baseadas em marcos geográficos?

Isso mesmo, o número se refere ao grau (dentro da escala de 360º) ou direção que a estrada segue à partir de um marco. No caso das estradas com BR é a partir de Brasília, no caso de SP e á partir da praça da Sé em São Paulo.

E olha como isso facilita a orientação, a SP330 (Anhanguera) está a NW da praça da Sé ou no ângulo 330º na escala de 360º.

Outro dia, me perguntaram porque São Caetano do Sul se chamava “do Sul” se estava praticamente na zona leste de SP.

Essa era fácil. Porque, ele está ao Sul de Brasília e não ao Sul de SP, já que é um município.

Outras cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, organizam os bairros por zonas, como zona Sul e zona Norte, facilitando a vida dos motoristas. Em SP as pontes da marginal, como as placas das ruas são pintadas em cores que representam suas direções à partir do centro da cidade.

Pra finalizar, uma curiosidade, vocês sabem qual a direção geral da Serra da Mantiquera?

Rammstein, clipe em montanha.

É difícil achar músicas relacionadas com montanha (e essa não é uma), mas é um belo clipe gravado em montanha. A letra não faz muito meu estilo, chama-se Ohne Dich que quer dizer , sem vocë.

Na Natureza Selvagem, trailer do filme

Na natureza Selvagem, em filme

O belíssimo livro, Na Natureza Selvagem (Into the Wild) de Jon Krakauer, será lançado em filme com estréia prevista para 21 de setembro nos EUA, dirigido por Sean Penn e tendo Emile Hirsch (de The Alpha Dog e Romeu e Julieta) como Chris McCandless.

O livro é fruto de uma matéria publicada com o título "A morte de um Inocente" (Death of an Innocent) em março e abril de 1993 para a Outside, onde Krakauer entrevistou pessoas, visitou lugares e recolheu pistas para contar a história de um jovem americano, de família rica, que resolve largar sua carreira, sua herança e o diploma recém conquistado, para partir em busca de sua verdadeira essência: sair pelo mundo em busca de novos desafios e lugares desconhecidos.

Depois de mudar de nome, abandonar seu carro e seguir de carona, o personagem desaparece pelas estradas do país. Somente dois anos depois e muitas aventuras é encontrado morto, sozinho, dentro de um ônibus abandonado em um lugar totalmente inóspito no estado do Alasca.

Um livro assustadoramente real sobre o ser humano e sua incansável busca pela pelo lugar no meio ambiente,

Espero que saia por aqui e que retrate com fidelidade o texto do Krakauer.

Coleira para Montanhistas


Eu já tinha ouvido falar, mas nunca tinha visto. A Backcountry Access (BCA), produz o Tracker, um rastreador para situações de emergência, como avalanches e quedas. Quando acionado o aparelho emite um sinal frequencial, permitindo que outros possam localizá-lo com muito mais agilidade através de sinais de direção.

O último modelo, o Tracker 2, terá um processador Intel para agilizar o sinal, uma terceira antena para dar sinal em 3d e um sistema de energia que consome menos bateria (bateria AAA), suas dimensões (13.2cm x 8.6cm x 2.5cm) são menores em relação ao seu antecessor e uma capa de proteção em plástico faz com que o aparelho seja muito resistente à situações mais duras em montanha.

O Tracker 2 deve ser lançado no fim desse ano, enquanto isso continua sendo vendido na Europa, Canadá e EUA o modelo Tracker DTS.


Itatiaia, os 70 anos de um parque proibido.

O primeiro e mais antigo parque nacional do Brasil, o Itatiaia, completou setenta anos na semana passada num evento que reuniu prefeito, montanhistas e entidades ligadas ao parque, onde se discutiu e mostrou novos projetos tanto para a parte alta como para a baixa.

Não vejo nada de positivo nessas comemorações, ou melhor dizendo, há muito tempo sou cético com qualquer intenção do governo e da prefeitura com relação aos parques nacionais, simplesmente, porque o histórico mostra que essas iniciativas sempre acabam com medidas negativas e drásticas, como proibições e normas de pouca ou nenhuma utilidade.

Foto: Jurandir Lima Foto: Gustavo Mansur


Conheço o Itatiaia para lá de 10 anos e sempre tive problemas seja com as áreas de acampamento, com as trilhas fechadas, polêmicas no cadastramento de guias, devastação pelo fogo e mau uso em geral do parque e tudo com a "autorização" da prefeitura, do parque, do governo, do IBAMA e dos demais órgãos ligados a toda essa "burrocracia" que envolve as questões ambientais.

Recentemente houve uma prova do Ecomotion/PRO, dentro do parque, utilizando trilhas que estavam fechadas a muito tempo, com a promessa que depois do evento elas seriam abertas ao público, graças aos acordos que prometiam verbas para investimento na manutenção das trilhas e principais pontos de visitação e também para a infra-estrutura do parque, o fato é que já se passaram mais de seis meses e nada de abertura de trilhas.

Por esse e outros motivos parecidos, o parque é uma grande decepção para muitos montanhistas, que sabem de sua beleza, mas não podem usufrui-lo de maneira legal.

Sei que é muito fácil criticar, estando "de fora", mas convenhamos que essas conversas e promessas de governos, que vão resolver os problemas do parque, que o governo federal vai liberar recursos, que vão deixar as federações do RJ e de SP participarem das discussões, acabam sempre no esquecimento ou na burocracia do IBAMA o que invariavelmente favorece ao exército grandes eventos.

Espero que um dia isso mude, espero que ao chegar à portaria do parque, seja informado que no valor do ingresso, está incluso uma carta topográfica com as principais trilhas mapeadas, com todas as indicações sobre as áreas de acampamento, água, vias de escalada, um pequeno manual com regras de mínimo impacto e de como se comportar com a fauna e flora e principalmente que tenha que assinar um termo de responsabilidade civil, onde se assume o risco por não estar contratando um guia (que hoje é obrigatório), bem como pelos atos cometidos dentro do parque, que podem e devem ser penalizados pela justiça convencional, caso haja algum infração.

Tenho certeza que essas pequenas modificações, trariam pessoas mais responsáveis e que estariam colaborando para a educação ambiental de crianças, jovens, adolescentes e famílias que frequentam o parque, bem como punindo os infratores que tanto danificam o Itatiaia.

Fica aqui o protesto e a critica construtiva de mais um montanhista frustrado, por não poder usufruir de todas as maravilhas que D. Pedro viu ao vislumbrar o primeiro parque do Brasil, o Parque Nacional de Itatiaia/RJ.