.:. Cordada Infinita .:. Blog de Escalada e Montanhismo.

Uma piqueta dos anos 60, usada e autografada por Edmund Hillary está sendo vendida no site de leilões Ebay, por $255.

Este é um dos muitos produtos que podem ser encontrados com sua assinatura, a maior parte deles vendidos para arrecadar fundos para os mais diversos projetos que apóia no Nepal, desde que conquistou o Everest em 1953.

E, contudo isso, ainda não consegui convencer minha esposa a me deixar colocar uma piqueta ou outros acessórios de montanha na parede da minha sala!

O Parque Natural Sierra da Enciña da Lastra, na Galícia, está travando uma batalha com os escaladores locais, após baixar uma norma proibindo a escalada no local, com multas de até 3.000 euros por escalador que desobedecer a norma.

A administração do parque alega que os escaladores estão impactando a fauna e flora do parque com as atividades praticadas no parque, sendo que o parque é atravessado por uma estrada nacional, uma ferrovia, possui hidrelétricas e torres de alta tensão.

Isso mostra que não é somos os únicos a passar por problemas como proibições aleatórias e o descaso das administrações dos parques nacionais e estaduais quanto as nossas reivindicações.

A solução adotada pelos escaladores foi um encontro afim de manisfetar contra o que entendem ser uma norma irracional e indiscriminada e fazer com que os fóruns que acontecem e que tomam decisões que afetam as atividades de escalada sejam abertos para a comunidade escaladora e que possam participar mais efetivamente das decisões de forma democrática e racional.

Proibição é uma norma arbitrária e como dito, irracional, já a regulamentação de uso das áreas ambientais é uma questão ética, responsável e democrática de se lidar com parques nacionais e demais ambientes de escalada, onde haja maciça presença de visitantes.

Mais informações: Desnivel

* Algum montanhista viajado sabe onde fica a Galícia?

Quantos livros existem sobre o assunto montanhismo? Quer ler alguma coisa interessante, mas anda sem idéia.

Então dê uma olhada no Catálogo de Livros de Montanha, escrito por Christian Steinhauser e Priscila Botto, pela editora Montanhar.

Uma idéia que surgiu no grupo de trabalho voluntário que faziam em 2005 para o GT de filmes de Montanha da FEMERJ e com a organização do acervo, inevitavelmente surgiu a vontade de fazer o mesmo com os livros de montanha produzidos no Brasil.

O resultado é um catálogo com mais de 60 páginas divididos em tópicos como: Ficção, Guias de Caminhadas, Guias de Escaladas, Guias de Escaladas On Line, História do Montanhismo, Livros Técnicos e Parques Nacionais. 

Disponível em PDF e gratuítamente.

Baixe aqui, o Catálogo de Livros de Montanha.

Até pouco tempo atrás me preocupava com o meio-ambiente, mas principalmente com meu comportamento nas trilhas e nas montanhas, mas na cidade levava numa boa o impacto que gerava.

Até que casei. E então passei a reparar mais enfaticamente em como nosso dia a dia, não deveria ser do jeito que é!

A começar pelo número de sacolas plásticas de supermercados que utilizo para os mais diversos fins e a enorme quantidade de lixo que produzido todos os dias. É mais de uma sacola por dia, cheia de material orgânico, embalagens, plásticos, garrafas PET e papel.

O pior mesmo é o "peso na consciência" que sinto por ter pleno conhecimento das consequencias do impacto que estou gerando, aliado a dificuldade em colocar em prática medidas necessárias para reduzir esse impacto.

Passei a pensar mais em como resolver a situação. A primeira medida veio por conta da síndica do prédio onde moro, que instalou lixeiras especificas para baterias e pilhas, colocou material informativo e criou uma parceria com a ONG Triangulo para recolher garrafas com óleo de cozinha.

Mas minha consciência continua me perseguindo, então enumerei minhas dificuldades:

1. Fechar a torneira ao lavar a louça ou fazer a barba

• Dificuldade: Falta de praticidade na hora de executar as tarefas.
• Solução adotada: Diminuir o volume de água na torneira.
• Solução Futura: Criar vergonha na cara e abrir e fechar quando necessário.

2. Usar menos sacolas plásticas

• Dificuldade: Hábito social, além da falta de praticidade, pois teríamos que andar com sacolas de tecido.
• Solução adotada: No supermercado coloco mais produtos dentro de uma mesma sacola, afim de utilizar menos quantidade e quando possível não a uso, levo na mão mesmo.
• Solução Futura: Tá difícil! Já vi exemplos de países onde a sacola de tecido ou de outro material reciclavel é vendida no próprio estabelecimento ou há um desconto para quem leva suas próprias sacolas, mas no Brasil ainda não sei o que fazer.

3. Embalagens

• Dificuldade: Como ficar livre delas?
• Solução adotada: Mudamos um pouco nosso hábito alimentar, consumindo menos carnes e passando a comer mais frutas, legumes, queijos e produtos encontrados em feiras ou sacolões. Além de mais saudável, desocupou mais minha geladeira.
• Solução Futura: Achar um meio de comprar produtos orgânicos, com valores acessíveis.

4. Reciclar o lixo

P.S. Já foram ver o preço de uma lixeira específica para reciclar?

• Dificuldade: Ausência de estrutura física, aliado a falta de hábito.
• Solução adotada: Não sei o que fazer, pois ao separar, não teria onde colocar, já que o prédio não tem coleta seletiva.
• Solução Futura: Achar um tempinho, ir à prefeitura e colocar nosso condomínio na coleta seletiva da cidade.

5. Impactar menos

• Dificuldade: Andar de ônibus, consumir menos, conscientizar mais as pessoas próximas á mim, andar e bicicleta, economizar energia elétrica, etc..
• Solução adotada: Andar de ônibus e bicicleta e SP é coisa para maluco, e resto dá para dar uma melhorada.
• Solução Futura: Mudar de cidade. Que tal Curitiba?

Viver Sustentável e Reconecção, são blogs que possuem muito material para download sobre o tema reciclagem e vida sustentável.

Três bons concursos de fotografia acontecem todo ano.

O Banff Mountain Photography Competition , o PhotoBarrabes e o Consurso de Fotografia Desnivel.

Fotografar é uma arte e para poucos, mas talvez seja  a única maneira de expressar o que sentimos quando estamos diante de uma bela paisagem.

Uma foto marcante, precisa transmitir todo o sentimento do fotografo e ainda criar uma interpretação muito pessoal na pessoa que a está vendo.

Essa é a diferença entre uma boa foto e as fotos amadoras. Uma boa foto deixa uma forte impressão em quem a olha, deixa um sentimento de curiosidade em saber como é as características do local,   como é temperatura, o cheiro e sensações que poderiam ter naquela momento.

A foto acima, foi a selecionada no concurso do Banff e demonstra bem o ambiente em que estava o fotografo.

A tradicional loja americana de produtos para aventura, REI, criou o selo ecoSENSITIVE para identificar produtos com baixo impacto ambiental.

Segundo a empresa, esse é mais um esforço para reduzir o impacto ambiental no mundo, além de estimular seus clientes a consumirem produtos de empresas que possuam um compromisso de criar produtos com melhor desempenho ambiental do que os convêncionais.

Os produtos identificados pelo selo ecoSensitive, garantem que foram produzidos com um alto porcentual de fibras orgânicas como o algodão, a lã, o bambu, o p oliéster reciclado e outras fibras de rápida reciclagem.

As empresas que produzem devem ter preocupações com a sustentabilidade de seus negócios, bem como a preocupação com a redução do impacto gerado pelo sistema de produção adotado.

Umas das repostas ao post "Porque as atividades ao ar livre deveriam ser permitidas?", a que mais me chamou a atenção foi a seguinte:

"Montanhistas são muito mais felizes."

Pensando bem e depois de certo tempo "digerindo" a reposta, percebi que o leitor tinha muita razão em sua resposta e concluí que pessoas mais felizes proporcionam muito mais resultados a sociedade do que imaginamos.

Pessoas felizes:

1. Rendem mais no trabalho, gerando mais renda ao país;
2. São menos propensos a doenças, não precisa nem dizer a economia que o estado terá com pessoas mais saudáveis;
3. Fazem mais sexo. Pois ficam com mais saudades de suas esposas, namoradas, ficantes, num universo ainda dominado por homens.
4. Se preocupam mais com as outras pessoas, tornando-se mais humanas;
5. Cooperam entre si com muito mais agilidade, por conta das afinidades envolvidas;
6. Possuem conhecimentos úteis à sociedade e raramente encontrados como, cursos de primeiros socorros, reciclagem, mínimo impacto, entre outros;
7. Estão menos envolvidos com drogas, crimes e violência, dado a sua natureza mais pacifica ou contemplativa;
8. São mais inteligentes, pois se motivam a ler e estudar mais sobre os assuntos lhes interessa;
9. São mais preocupados com o meio ambiente e com as pessoas a sua volta;
10. São politizados, principalmente com relação à preservação dos locais próximas suas cidades;
11. É público alvo para produtos ecologicamente corretos, além e consumidores muito conscientes;
12. O bom humor faz parte do dia-a-dia dessas pessoas;
13. Alimentam-se melhor em relação à outra parcela da população;
14. Praticam mais atividades físicas, consequentemente são pessoas mais saudáveis e aumentando sua expectativa de vida;

E principalmente: Fazem outras pessoas mais felizes!!!!

Cada escalador tem suas manias na hora entrar em vias clássicas, tem aqueles que preferem levar dois tipos de freios (ATC e Oito) sendo um para dar segurança e outro para rapelar, outros usam duas solteiras no anel da cadeirinha e aqueles que ainda preferem escalar com suas velhas calças de lycra.

A verdade que escalar vias clássicas é um aprendizado de valores e costumes, dessas “viagens” tirei muitos valores que me acompanham como o respeito a corda, a atenção na segurança (não conversando com ninguém) e principalmente alguns pequeno ítens de conforto que fazem a diferença na hora da escalada.

1) Pequenos Chaveiros em forma de Mosquetão | Servem para prender o dromedário com água na ancoragem, naquela "horinha" do descanso ou mesmo para fixar a sapatilha na cadeirinha, depois da escalada.

2) Sandálias | Muita gente torce o nariz para esse costume, mas não abro mão das minhas "papetes". Não há nada melhor do que rapelar com sandálias nos pés podendo sentir o sangue circular novamente em meus dedos em vez daquelas sapatilhas apertadas.

3) Mochila Equinox Face Leste | Eita!!! Mochilinha boa. Pequena e compacta, porém muito versátil na hora de levar o equipamento até a base da via ou escalar com ela nas costas.

4) Barras de Cereais | Os bolsos frontais das minhas calças bermudas tem duas funções: Carregar barras de Cereais e servir de deposito de lixo temporário para embalagens de barras de cereais.

5) Daisy Chain | Como não descobri isso antes? Tudo bem, eu sei que foi desenvolvida para artificial, mas que alivia muito regular a distância da parada, isso ninguém pode negar.

Isso porque com uma temperatura de quase 40º é quase impossível manter o capacete na cabeça, ainda mais quando não há ventilação.

A Edelrid (fabricante de equipamentos Alemã) acaba de resolver esse problema, com o Edelrid Madillo Foldable Climbing Helmet, um capacete que abre as laterais e a parte traseira, proporcionando mais ventilação e podendo ser regulado conforme a temperatura ambiente.

Veja o vídeo, aqui.

Fonte: Get Outdoors

Hoje em dia quando grandes encontros acontecem, são quase unicamente musicais. Eventos como o da CUT (único grande evento “político” que ainda acontece no Brasil) virou show musical para atrair a população, o que na verdade quer dizer, que é a CUT que está “protestando” e não a massa.

Na contra mão do que anda acontecendo na Europa, estamos nos acomodamos com as situações e nos tornando mais egoístas.

Situações como as que vivemos no PNI, onde não há entendimento entre FEMERJ/FEMESP e a diretoria parque poderiam ser muito mais produtivas se mais montanhistas se engajassem na defesa de seus interesses, assim como em muitas outras situações envolvendo órgãos públicos x montanhistas.

Locais como a Lapinha (MG) e o Guaraiúva (SP) teriam outras soluções se houvesse uma participação maciça como a que ocorre nos grandes parques do mundo.

Tais parques são geridos por uma diretoria (geralmente ligada ao governo), mas indicada pela população local e por voluntários da região (que são os mais interessados na defesa dos interesses do parque) que se propõem a fiscalizar, arrecadar fundos, criar melhoria e treinar equipes de atendimento, combate ao fogo, resgates, etc..

Preocupações e mobilizações como essas deveriam ser prioridades de clubes, federações e entidades voltadas ao montanhismo, assim como nossa participação voluntária (intermediada pelas entidades) em situações de risco como o incêndio no próprio PNI, no mês passado, mas a mesma reação de apatia que tivemos com a morte estúpida do menino João Hélio tivemos com esse incêndio e com muitas outras situações de nosso interesse.

Lagoa do cavalo

Ponte Pênsil no Caminho das Agulhas Negras

É nessa hora que vejo que a Plebe tinha razão:

“...até quando esperar...até me ajoelhar, esperando a ajuda de Deus..”

A Serra
Música: Plebe Rude / Letra: Gutje

Quero ver a serra
que por tempos encantou
mas o homem e sua serra
veio e desmatou

Quero verde perto
se o encanto acabou
só pedra no caminho
e olha o que sobrou

Nada mais cresce
só a lama desce
Tropical, úmida
Heterogênea
Latifo-liada

Mata devastada
Higrófita, Caduca
Perêne, Encosta

Nada mais cresce
só a lama desce

Todos reclamando
só quero conscientizar
madeira acabando
até quando esperar?

O verde da mata
a serra desmatou
o verde da bandeira
também desbotou
Tropical, úmida
Heterogênea
Latifoliada
Mata devastada

Uma das coisas mais importantes que vejo em outros países é a visão participativa entre empresas x cidadaos e meio ambiente.

Em Amsterdã, uma pequena empresa chamada Bikedispenser criou um método de aluguel de bicicletas voltado para as pessoas que não tem um local especifico para estacionar as bikes, ou mesmo que não voltarão ao mesmo local de origem.

Para utilizar o sistema, é necessário um cartão de crédito. Você paga uma pequena taxa para retirar a “magrela” em um local e se quiser, pode devolver em outros dispensers espalhados pela cidade.

Uma atitude muito cidadã, que valoriza e incentiva o bem estar, ajuda a manter um melhor relacionamento entre o homem, a cidade e o meio ambiente e ainda por cima, ganha-se dinheiro.

Fonte: http://www.thecoolhunter.net/lifestyle/Bike-Vending-Machines/